quinta-feira, 14 de julho de 2011

NÁUSEAS E VÔMITOS

Definição
Náusea (enjoo, mal-estar, ânsia de vômito) é uma desagradável sensação de vontade de vomitar. Geralmente é sentida na parte superior do abdômen. Varia em intensidade e pode ou não ser seguida por vômito.
Vômito é a expulsão forçada pela boca do conteúdo do estômago ou da porção inicial do intestino. Pode haver eliminação de alimentos ainda não digeridos, já digeridos ou apenas de secreções produzidas pelo corpo para possibilitar a digestão (saliva, suco gástrico, suco pancreático, bile). O tipo de material que será eliminado dependerá do tempo desde que a pessoa se alimentou até o momento do vômito e do tipo de problema que o está causando.
É importante diferenciar vômito de regurgitação. Esta última (regurgitação) é o retorno não forçado de material do esôfago, estômago ou porção inicial do intestino, sem esforço ou contração de músculos da barriga ou tórax, e geralmente não é associado à náusea, ocorre freqüentemente com bebês nos primeiros meses e em adultos com queixa de azia (refluxo gastroesofágico).
 As causas
É muito variada, a maioria é causada por alterações que ocorrem diretamente no estômago ou intestino, mas certas situações envolvendo outros órgãos também causam esses sintomas, como:    
·        Doenças do ouvido;
·        O balançar de barcos;
·        Gravidez;
·        Enxaquecas;
·        Doenças ou infecções do cérebro;
·        O infarto do miocárdio;
·        A insuficiência renal;
·        Vários tipos de remédios;

Entre os remédios mais conhecidos por causar náuseas e vômitos de forte intensidade estão os medicamentos usados para o tratamento do câncer (quimioterapia). Nesses casos a náusea e o vômito ocorrem por um estímulo diretamente no cérebro, que é quem coordena a sensação de náusea e inibe ou estimula o vômito. Atualmente, obtém-se um bom controle da náusea induzida por quimioterapia com esquemas antieméticos potentes.
Doenças em qualquer órgão podem causar náuseas ou vômitos.
Apesar da extensa lista de causas de náuseas e vômitos, as mais freqüentes são as que causam "irritação" do estômago ou intestino, como as infecções alimentares, gastroenterites agudas e medicamentos como os antibióticos e antinflamatórios.
Outras causas menos comuns são as obstruções intestinais (que impedem a passagem do alimento pelo intestino) e as inflamações graves de órgãos do abdômen: apendicite, colecistite (inflamação da vesícula biliar), pancreatite, hepatite.
Pessoas com diabetes há muitos anos, especialmente se mal controlada, podem sentir náuseas e ter vômitos por uma dificuldade do estômago em se esvaziar e empurrar os alimentos em direção ao intestino (gastroparesia).
Sinais e Sintomas
Além da sensação de náusea em si, costuma-se sentir um mal estar generalizado, falta de vontade de comer, vontade de ficar parado e, em alguns casos, o paciente prefere ficar em uma posição específica, deitado ou sentado para se sentir melhor.
Geralmente, há outros sintomas associados à náusea que variam conforme a causa. Nas infecções gastrointestinais causadas por vírus ou bactérias, podem ocorrer simultaneamente ou em seqüência, dor e distensão abdominal e diarréia.
Cada uma das outras causas de enjôo são acompanhadas de sintomas próprios da doença e é importante que sejam descritos para o médico para que a causa possa ser descoberta e tratada.
Tratamento
O tratamento da náusea em si pode ser feito com vários tipos de medicamentos usados por via oral ou injetáveis (via intramuscular ou intravenosa). Para seu uso é necessária a orientação de um médico. A maioria dos episódios de náuseas, com ou sem vômitos, melhora espontaneamente em horas ou poucos dias, enquanto permanecer o quadro é muito importante que se mantenha a hidratação nos adultos e principalmente crianças e idosos, devem ser estimulados a manter abundante ingestão de líquidos (água, sopa, suco) para prevenir a desidratação. É normal não ter vontade de comer enquanto estão nauseadas, e não há necessidade de forçar a ingestão de comida.
Os quadros agudos costumam resolver-se em poucos dias, e após, o paciente pode gradualmente recuperar o que deixou de comer. Se o paciente tem vontade de comer, deve-se oferecer seguidamente pequenas quantidades de comida, preferentemente com pouca gordura. As sopas fervidas com cereais dentro (arroz, por exemplo) costumam ser bem aceitas e tem razoável quantidade de calorias.
Existem casos que não se resolvem em poucos dias, casos em que o indivíduo não consegue manter uma ingestão mínima de líquidos ou casos com sangramento ou outros sintomas importantes associados, devem ser avaliados por um médico para que este possa esclarecer a causa do problema, indicar exames, medicamentos e até internação hospitalar, se necessário.
Prevenção
As boas condições de higiene e o adequado armazenamento de alimentos podem prevenir alguns casos de infecções alimentares que são uma das causas mais freqüentes de náuseas e vômitos.
Situações sabidamente causadoras de náusea e o uso de certos tipos de medicamentos e viagens de barco, ônibus ou avião, aqueles que vão se expor a essas situações, podem aconselhar-se com um médico para saber o que, quando e como tomar medicação preventiva.

COMISSURITE

Definição
É uma doença inflamatória comum dos cantos da boca, também conhecida como boqueira.
Desenvolvimento da Doença
Em geral, ocorre nos meses de inverno. Embora o quadro inicial seja de uma reação inflamatória, é comum a infecção posterior por um fungo (candida albicans) ou por bactérias nestes locais com maior acúmulo de saliva (umidade). São mais comuns em crianças com tendência à dermatite atópica, com o lambimento dos lábios e/ou uso de aparelhos dentários como um fator causal. Enquanto nos idosos, os fatores anatômicos como o sobrefechamento da boca cria dobras nos cantos da mesma como um fator predisponente, por uso de dentaduras (ou retirada delas para dormir) e, às vezes, pela falta de peças dentárias. Podem existir deficiência de vitaminas, principalmente do complexo B, associadas ao quadro.
Sinais e Sintomas
Geralmente os pacientes queixam-se de ardência, dor, secura e desconforto nos cantos da boca, principalmente com alimentos e bebidas ácidas. Observa-se uma área avermelhada de fundo, com escamas, às vezes pus e rachaduras nos cantos da boca.
Diagnóstico
O aspecto das lesões é bem característico, restrito ou predominando nos cantos da boca. Podem ser necessários exames com raspagem do material dos cantos da boca para identificação de uma infecção por fungo ou bactéria em casos especiais (atípicos ou recorrentes).
Tratamento
A princípio, a doença cura rapidamente com medicações nos locais das lesões. Deve ser recomendado evitar alimentos e bebidas ácidas que irritam o local. Raramente é necessário tratamento em longo prazo, por via oral ou até cirúrgico (para corrigir a má oclusão da boca).
Prevenção
As lesões podem voltar mesmo após a cura, tornando-se um problema crônico. Nesses casos, devem-se investigar minuciosamente os fatores predisponentes, tais como o hábito de lamber os lábios, a má oclusão da boca, uso de dentaduras ou aumento da umidade nos cantos da boca.

domingo, 10 de julho de 2011

SONDA NASOGÁSTRICA

Definição:

A Sonda Nasogástrica é um tubo de polivinil que quando prescrito, deve ser tecnicamente introduzido desde a narina até o estômago. Sua finalidade está associada ao objetivo clinico.

Objetivo da Sonda Nasogástrica:

A maneira como ela estará instalada determinará seu objetivo. Pode ser aberta ou fechada.
Sonda Nasogátrica Aberta:
Quando o objetivo é drenar líquidos intra gástrico, a saber:
·        Esverdeado: Bile
·        Borra de café: bile + sangue
·        Sanguinolenta vivo
·        Sanguinolento escuro
·        Amarelado
Podemos exemplificar cirurgias onde no pós operatório se deseja o repouso do sistema digestivo e também em casos de intoxicação exógena, onde o conteúdo ingerido precisa ser removido rapidamente. Enquanto a Sonda Nasogástrica Fechada tem finalidade de alimentação, quando por alguma razão o paciente esta impossibilitado  de deglutir. Ex: câncer de língua, anorexia, repouso pós- cirúrgico.

Material:

Bandeja contendo:
·        Sonda Nasogástrica (também chamada de Levine) de numeração 10, 12, 14, 16, 18 (adulto)
·        Esparadrapo
·        Xilocaína gel
·        Gaze
·        Par de luvas
·        Seringa de 20cc
·        Estetoscópio
·        Copo com água
·        Toalha (se necessário / opcional)
Caso a Sonda Nasogástrica seja aberta adicione:
·        Extensão
·        Saco coletor.
Técnica:

·        Explicar a procedimento ao paciente;
·        Lavar as mãos;
·        Colocá-lo em posição de Fowler;
·        Colocar a toalha sob o pescoço;
·        Calçar as luvas;
·        Abrir a sonda;
·        Medir o comprimento da sonda: da asa do nariz, ao lóbulo da orelha e para baixo até a ponta do apêndice xifóide;
·        Marcar o local com o esparadrapo;
·        Passar xilocaína gel aproximadamente uns 10 cm;
·        Introduzir a sonda  por uma das narinas;
·        Flexionar o pescoço aproximando ao tórax, pedindo ao paciente para realizar movimentos de deglutição;
·        Introduzir a sonda até o ponto do esparadrapo;
·        Atenção na presença de tosse, desconforto respiratório, cianose no momento em que estiver introduzindo a sonda;
·        Fazer os três testes: pegar a ponta da sonda e colocá-la em um copo com água, se borbulhar, retirar a sonda, pois ao invés de estar no estômago, está no pulmão; pegar a ponta da sonda, encaixar a seringa e aspirar se vier líquido, a sonda está no lugar certo; pegar o estetoscópio e auscultar.


terça-feira, 5 de julho de 2011

ACALASIA

Acalasia é a peristalse ausente ou ineficaz da parte distal do esôfago, acompanhada por falta de relaxamento do esfíncter esofágico em resposta a deglutição. O estreitamento do esôfago exatamente acima do estômago resulta em uma dilatação gradualmente crescente do esôfago na parte superior do tórax. A acalasia pode progredir lentamente e acorre mais amiúde em pessoas com mais de 40 anos de idade ou mais.
Algumas Manifestações Clínicas
O sintoma primario é a dificuldade em deglutir líquidos e sólidos, o paciente apresenta uma sensação de impactação do alimento na parte inferior do esôfago. a medida que a condição progride, o alimento e comumente regurgitado, quer de forma espontânea, quer intencionalmente pelo paciente, de modo a aliviar o desconforto produzido pela distinção prolongada do esôfago pelo alimento, o que não irá passar para dentro do estômago. Também pode haver queixa de dor no tórax e pirose (azia). A dor pode estar ou não associada á alimentação. Podendo existir complicações pulmonares secundários a partir da aspiração do conteúdo gástrico.
Históricos e Achados Diagnósticos
Os exames radiográficos diagnósticos mostram a dilatação esofágica acima do estreitamento na junção gastroesofágica.