terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Febre

Febre é a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais, são aceitas como indicadores de febre as temperaturas: retal acima de 38º C e Axilar ou oral acima de 37,5º C. A temperatura varia dentro de limites determinados e de alguns fatores como patologia, ambiente, idade e etc.
Antes de um ano de idade, a temperatura normal é maior do que a do adulto. A partir de um ano de vida, a temperatura tende a alcançar níveis semelhantes aos dos adultos. A diferença já é notável após o 6º mês de idade, acentuando a partir do 2º ano alcançando a diferença máxima após o 6º ano de idade.

Mecanismo da febre

O organismo mantém sua temperatura regulada através de um centro termorregulador, localizado no hipotálamo. Este centro que funciona como um termostato busca o equilíbrio entre produção e perda de calor, prioritariamente pela perda de calor, visa à manutenção estável da temperatura interna em torno de 37 ºC. Na febre, o termostato é reajustado sendo a termorregulação reajustado para um nível superior.

Como se produz a febre

Por ação de partículas infecciosas ou não, (pirógenos exógenos) as células fagocíticas são induzidas a produzir substâncias de natureza protéica (pirógenos endógenos). Os pirógenos externos, por sua vez, estimulam a produção de prostaglandinas. As prostaglandinas atuam no centro termorregulador, elevando o patamar de termorregulação, tendo como resultado o surgimento da febre.

A diferença de hipertermia, hipotermia e febre

Hipertermia: Aumento da produção de calor no corpo sem causa patológica e sim ambiental, ex: calor de 39ºc, exposição ao sol, proximidade de fogo, e outros.

Hipotermia: Diminuição da produção de calor no corpo sem causa patológica, mas ambiental como: permanecer por muito tempo dentro de piscina com água fria, dias frios, exposição à ambiente gelado, e outros.

Febre: Aumento da temperatura corporal devido alguma infecção ou inflamação, ou seja, causa patológica.  Algumas doenças degenerativas e neurológicas podem causar algum distúrbio causando um estado febril ou até mesmo queda da temperatura, com isso deve ser ter atenção!!! Ao invés de fazer antitérmico deve-se aplicar compressas de gelo ou banho frio em caso de alta temperatura, já nos casos de baixa temperatura aplique compressa morna, banho quente, ou até mesmo ligar o secador de cabelo, isso mesmo pode acreditar resolve, você deve cobrir o paciente e ligar o secador fezendo movimentos por cima do lenços, assim estará prevenindo queimaduras.

A febre é prejudicial.

Febre pode causar diminuição do rendimento corporal, em crianças com idade de seis meses a três anos pode desencadear convulsão e causar lesão cerebral quando a temperatura ultrapassa 41,7 ºC, o que não ocorre na prática. A febre pode se associar a outros sintomas que causam desconforto: dor muscular, irritabilidade, mal-estar, astenia e anorexia, entre outros.

Como medir a temperatura

O instrumento padrão para a medida da temperatura corpórea é o termômetro clínico de vidro com mercúrio. Sendo a região mais aceita a temperatura axilar satisfazendo aos propósitos clínicos. Devemos ter alguns cuidados nesse momento como: lavar as mão e secar, zerar o termômetro antes de usar, termômetro sujo ou com rachaduras não deve ser usado, retirar cobertas, secar as axilas, pois o suor gera alteração na leitura como também a ingestão de líquidos quentes, ambiente fechado sem ventilação.

Importante: Em qualquer sinal de febre constante.

Não tome remedio por conta propria;
Não faça consulta com farmaceutico; e sim com um Médico.
Não tome remedio indicado pelos amigos;
Não aqueça quem está com febre;
Ofereça água para hidratar;
E o mais importante procure um pronto socorro e faça sua consulta com um especialista;

Obtidos em: www.abcdasaude.com.br

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Planejamento Familiar Pfizer www.portalfeminino.com.br



Importante: Não tome anticoncepcional por conta propria vá a um especialista em ginecologia, o uso deste tipo de medicação de forma errada pode gerar vários problemas como: Circulatórios (trombose, derrame), hormonais e outros.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Aterosclerose

É uma doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguineos. Os ateromas são placas compostas por lipidios e tecido fibroso que se formam na parede dos vasos levando progressivamente à diminuição do diâmetro dos vasos, podendo chegar a obstrução total do mesmo. É uma doença fatal quando afeta as artérias do coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigenio. O início de formação dessas placas de gordura ocorre na infância e vai progredindo durante a vida. Qualquer pessoa pode desenvolver essa doença porém os mais atingidos são pessoas com pré disposição genética, com pressão alta, diabetes ou obesidade.

Processo de surgimento da doença (etiopatogenia)

A formação do ateroma é complexa. Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) penetram na parede dos vasos, atravessando o endotélio, chegando à camada íntima da parede. Neste local são fagocitados. A ateriosclerose agride essencialmente a camada íntima da artéria.

O papel do colesterol e das lipoproteínas na Aterosclerose

Aumento da LDL: Esse é o fator principal para a doença. O LDL (lipoproteína de baixa densidade) se eleva pela ingestão elevada de gorduras altamente saturadas (principalmente vinda de animais) na dieta diária, por obesidade e inatividade física.

Hipercolesterolemia Familiar: Doença em que a pessoa herda genes defeituoso para a formação do receptor de LDL nas superfícies das membranas celulares do corpo. É uma doença autossômica dominante com predomínio de 1 a cada 500 pessoas. Geralmente ocorre um defeito que reduz drasticamente o número de receptores de LDL funcionais. Com isso, o fígado não é capaz de absorver as lipoproteínas de baixa densidade nem as de densidade intermediária. Sem essa absorção, o mecanismo do colesterol das células hepáticas se descontrola, produzindo novo colesterol e deixando de responder a inibição que foi desencadeada pela presença de uma grande quantidade de colesterol plasmático. O resultado disso é que o número de lipoproteínas de muita baixa densidade é liberado pelo fígado para o plasma em uma quantidade enorme. Isso pode gerar acúmulo de placas ateromatosas nas paredes dos vasos, gerando a aterosclerose, além de poder gerar outros problemas graves como infarto do miocárdio.

Prevenção pelas proteínas HDL: Acredita-se que as HDL(lipop.alta densidade- "flutuam" passando livremente pela luz do vaso) são capazes de absorver cristais de colesterol que começam a ser depositados nas paredes das artérias. Quando a pessoa apresenta uma elevada concentração de HDL em proporção a LDL, as chances de desenvolver aterosclerose são muito reduzídas.

Sintomas

Alguns sintomas da aterosclerose, é dilatação dos vasos sanguineos, dor no peito ( tipo facadas ), profundas dores de cabeça, dores nos braços e pernas.

Fatores de Risco

Os principais são
1)Hipertensão
2)Falta de atividade física e obesidade
3) diabetes Mellitus
4)Hiperlipidemia
5)Tabagismo
6)Alcool

Prevenção

As medidas mais importantes são manter um peso saudável, ser fisicamente ativo e ter uma dieta rica em gordura insaturada e com baixo teor de colesterol, evitar o tabagismo. A maior parte do colesterol formada no fígado é convertida em ácidos biliares, e a maior parte destes são reabsorvidos no íleo e usadas na bile.

Tratamento

Na aterosclerose consiste em retirar as placas de gordura que estão presas nas paredes das artérias cirurgicamente, o cateterismo, a angioplastia a Laser, a ingesta de alguns medicamentos e atividade física.

Importante: não se automedique, procure um especialista "Médico" o uso de medicação de forma errada pode piorar sua doença.

Obtida de:
HTTP://departamentos.cardiol.br

Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB)

          A Câmara hiperbárica foi usadas pela primeira vez em 1622 por Henshaw para fins medicinais, preconizando as altas pressões para as doenças com quadros agudos e as baixas pressões para os crônicos. No Brasil a OHB foi aceita a partir de 1930 e restringia-se, praticamente ao tratamento de doença descompressiva (DD) com mergulhadores, após ser estabelecidas normas de segurança referente a tal procedimento passou a ser empregada no tratamento de diversas doenças. Em 1960 Smith e Sharp na Escócia, experimentam o tratamento da intoxicação pelo monóxido de carbono (CO) através da OHB com resultados satisfatórios, ainda nesta década surgiram vários centros de OHB e em 1967 após um simpósio internacional referente ao tema nasceu a primeira sociedade: a “Undersea and Hyperbaric Medical Society”. No Brasil a Marinha deu um grande passo, criando o primeiro serviço de Oxigenoterapia Hiperbárica, no Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), voltado para clientes com distintas indicações de OHB.
A OHB é uma terapêutica regulamentada, na qual o paciente realiza inalação intermitente de oxigênio 100% com uma pressão maior que a da atmosférica, no interior de uma câmara hiperbárica.
A OHB funciona causando o aumento da pressão dentro da câmara hiperbárica, associada a um aporte de O2 aumentado, leva a uma maior difusão de Oxigênio para o sangue. O qual fica com 100% de suas hemácias carreando Oxigênio e ainda transporta uma parte diluída no plasma, com isso o sangue rico em oxigênio, ao chegar aos tecidos em sofrimento, aumentando a formação do tecido de granulação e como coadjuvante no controle da infecção, tendo seus resultados evidentes no tratamento de fasciites necrotizantes extensas e síndrome de Fournier dentre outras e consequentemente estimulando seu processo de cicatrização, através da estimulação de fibroblastos e  osteogênese acarreta uma estimulação de neovascularização nas áreas em sofrimento. Porem a aplicação do tratamento e efetuado após avaliação da enfermidade onde se é determinado a quantidade de sessões, o nível de pressão, duração, intervalos e numero total de variáveis.
A disponibilidade da OHB ainda muito restrita no país, entretanto, a amplitude de suas indicações aponta sua importância para a saúde Assim sendo, a Oxigenoterapia Hiperbárica vem se consagrando como um método adjuvante e eficaz no auxílio a cicatrizações de feridas combate a infecções severas, dentre outros. As Diretrizes de Segurança e Qualidade expedidas pela Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica cita que os profissionais indicados para operar e prestar cuidado aos clientes deverá ser enfermeiros e técnicos de enfermagem, atendendo a Lei nº. 7.498/86 que regulamenta o
Exercício Profissional de Enfermagem desde que este esteja habilitado para operação do painel de controle de câmara multiplace e monoplace, onde a manipulação dos equipamentos é realizada simultaneamente e com absoluta atenção aos procedimentos a serem executados no inicio, meio e fim.

Custo/benefício
Deve ser avaliado antes de iniciar o tratamento
Tempo de hospitalização;
Tempo de antibioticoterapia;
Custos globais do tratamento;
Necessidade de cirurgias mutiladoras;
Sofrimento emocional do paciente e seus familiares.

Pode ser de dois tipos:
Monoplaces: Acomoda um paciente é pressurizado a pressões de 2 a 2,5 ATA com oxigênio a 100%.
Multiplaces: Comporta simultaneamente vários pacientes, eles são pressurizados ao mesmo tempo a pressões entre 2 e 2,5 ATA, usando ar comprimido, mas recebem máscaras ou capuzes de Oxigênio a 100%.

Deve-se ter em mente que não é OHB quando:
Inalação de O2 a 100% em respiração espontânea;
Inalação de O2 a 100% através de respiradores mecânicos em pressão
ambiente;
    Exposição de membros ao O2 por meio de bolsas ou tendas, mesmo que pressurizadas.


A Aplicação Clinica da OHB é indicada nas seguintes patologias como:
Embolias gasosas, doenças descompressivas, embolia traumática pelo ar envenenamento por monóxido de carbono, doença de fournier, infecções necrotizantes de tecidos moles, isquemias agudas traumáticas, vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas, queimadura complexa, lesões refratarias, lesões por radiação, dentre outras. Em geral os pacientes na medicina hiperbarica são profissional de mergulhação da aeronáutica; trabalhadores sob ar-comprimido, prevalecendo uma abordagem voltada a saúde ocupacional;


Das Contra-indicações:
Absolutas: Gravidez, pneumotórax não tratado e uso de
Antineoplásicas.
Relativas: Infecções das vias aéreas superiores, DPOC com retenção de CO2,
hipertermia, histórico de pneumotórax espontâneo, cirurgia prévia em ouvido,
esferocitose congênita, infecção viral em fase aguda.

O Papel da Enfermagem no Tratamento da OHB
Os clientes submetidos a esse tipo de tratamento são bastante diferenciados pela idade, diagnóstico e gravidade da sintomatologia. Assim sendo, o profissional de enfermagem hiperbárico deve ter experiência em atendimento a clientes críticos no que concerne a enfermagem médico-cirúrgico de adultos e crianças, bem como no apoio às atividades de mergulho raso, profundo e mergulho saturado, atendimentos a clientes submetidos à OHB e acidentados de mergulho submetidos a recompressão dando-lhes condições para que o tratamento fosse executado com exatidão, no entanto podemos compreender que a função do profissional de enfermagem hiperbárico compreende, em regra, a orientação ao cliente sobre as medidas de segurança do mergulho, acompanhamento e observação durante a realização do tratamento de OHB, cumprimento das tabelas de tratamento, tais como: TPD (Tabela Padrão de Descompressão) TDSO (Tabela de Descompressão com o Uso de Oxigênio) TLSD (Tabela sem Limite de Descompressão), observação dos efeitos colaterais da OHB, bem como fornecimento do suporte básico à vida em caso de eventuais acidentes, convulsão ou intoxicação pulmonar ou neurológica.

Papel da Enfermagem na OHB
·         Realizar anamnese e exame clinica com atenção ao tímpano e pulmão;
·         Instrui o cliente sobre a colocação das mascaras de respiração;
·         Avaliação e acompanhamento da ferida;
·         Orientar o paciente e aos familiares quanto ao procedimento;
·         Esclarecer dúvidas;
·         Estabelecer relação de confiança e empatia;
·         Dialogar com a equipe;
·         Utilização de vestimenta adequada fornecida;
·         Despir-se de qualquer objeto de uso pessoal que possam originar fagulhas elétricas, pois o oxigênio e altamente inflamável como roupas sintéticas (nylon) e calçados, perfume, maquiagem, gel de cabelo é esmalte de unha; brincos, anéis, colares e pulseiras;
·         Próteses e afins: aparelhos auditivos; óculos ou lentes de contato, próteses
dentárias, próteses externas, tampões nasal ou vaginal, imobilizações ou fraldas com botões ou velcro, marca-passo externo;
·         Curativos: povidine, gaze vaselinada, óleos minerais; creme e pomadas expostas; soluções alcoólicas, iodadas ou oleosas na pele;
·         Alimentação: 01 hora antes da sessão e as demais refeições 2 horas antes da sessão;
·         Não administrar insulina 02h antes da sessão;
·         Acesso venoso: deixar acesso venoso salinizado ou AVC, heparinizado;
·         Sondas: Desprezar e anotar volumes de sondas e ostomias;
Pacientes com SNG deverão permanecer com as mesmas fechadas para evitar distensão abdominal.
  
Referencia:

HTTP://Enfermeiro.br.tripod.com
HTTP://www.ecotecmed.com.br



Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC)



A PICC Trata-se de um cateter especial para infusão intravenosa, colocado em uma das veias perto da dobra do cotovelo ou na parte superior do braço. Depois de colocado, ele é introduzido até chegar à veia cava localizada acima do coração. A sigla PICC significa Cateter Venoso Central de Inserção Periférica, Existe ainda o cateter de Midline semelhante a PICC, porem de menor comprimento, mas com a mesma função e inserção. O cateter PICC ou Midline e solicitado pelo médico para ministrar medicamentos endovenosos como também pode ser usadas para obter amostras de sangue sem precisar perfurar o braço do paciente repetidas vezes.

Normalmente, a PICC é instalada no hospitalar, tal procedimento em geral e inserido por um medico, o Enfermeiro com graduação superior e devidamente certificado para PICC também pode realizar este procedimento. Após tal procedimento será tirada uma radiografia para verificar se ele está adequadamente posicionado. O tempo de inserção da PICC varia de 30 a 60 minutos no centro cirúrgico.
 
Referencias
HTTP:/www.danburyhospital.org/en/PatientSimilares
HTTP:/www.uftm.edu.br/upload/hc/seenf



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Odores do Corpo - o que nós revela

Os Antitranspirantes: O desodorante comum tem função anti-séptica, eles matam a maioria das bactérias que habitam as axilas. Já o antitranspirante, além de inibir a proliferação de micro organismos, bloqueia cerca de 50% das saídas de suor, com isso a axila deixa de ser a sala de jantar desses seres vivos microscópicos.

O Álcool: Quando ingeridos em grande quantidade, as bebidas alcoólicas são eliminadas por meio de duas vias que são a urina e a transpiração, no ultimo caso, isso ocorre porque o álcool cai na corrente sanguinea e então, e levado para perto da pele, onde sai junto com o suor, que fica com um odor diferenciado. E pior, ele persiste ate todo o liquido ser metabolizado.

O Alho: O vegetal em questão libera moléculas como a alicina, responsável pelo digamos, aroma forte. Após a ingestão, essa partícula passa pelo aparelho digestivo e cai na corrente sanguinea, chegando até o pulmão, onde ocorrem as trocas gasosas. Lá ela pega carona com o gás carbônico até a boca, que fica infestada com sabor de alho.

O Chulé: Essa fedentina vem da transpiração excessiva. Isso porque as bactérias se alimentam de suor e depois usa o pé como banheiro. Sim, se seu Pé esta com um cheiro insuportável, e porque está repleto de cocô de micro organismos !!! Alergias e inflamações na pele, que facilitam a instalação desses micróbios, também podem causar chulé.

A Halitose: Na maioria dos casos, o mau hálito e gerado por bactérias que se alojam nos dentes, na gengiva ou na língua e que são a causa do tártaro e da gengivite. Portanto, aparece devido á má higienização da cavidade bucal. Em situações extremas, o bafo pode ser consequência até de um câncer localizado na boca, no esôfago ou no estomago. Ai o cheiro ruim vem das células deterioradas por causa da doença e pelos micros organismos ali presentes.

 Obitido em: HTTP// WWW.revistasaude.com.br

Oncocercose


E uma doença parasitária causada pelo nematódeo Onchocerca volvulus também chamada "cegueira dos rios" ou "mal do garimpeiro", transmitido para o homem na forma de larva através da picada de insetos do gênero Simulium, popularmente conhecidos como borrachudos. No corpo do homem, seu hospedeiro definitivo são as larvas do parasita que desenvolvem formando adultos que podem chegar a aproximadamente cinco centímetros no caso dos machos e até 80 cm no caso das fêmeas, que se alojam sob a pele enoveladas em torno de si mesmas formando nódulos. Os machos podem circular pelo corpo do hospedeiro, migrando de nódulo em nódulo para fecundar as fêmeas, capazes de gerar até 3.800 larvas por dia. A oncocercose não é letal e os nódulos em si não causam prejuízo à saúde. Os danos causados à pele, como a gerodermite, que consiste na perda de elasticidade do tecido, têm origem na reação imunológica às larvas que circulam no corpo. O agravo mais sério causado pela oncocercose é a cegueira, que surge da reação inflamatória provocada pela morte das larvas.

Epidemiologia

O primeiro caso da doença foi registrado no Brasil em 1967 em uma criança que havia morado no território ianomami, em Roraima, na fronteira com a Venezuela, a partir deste caso inicial surgiu a suspeita de que poderiam existir outras ocorrências naquela região, sendo confirmado posteriormente. Os estudos sistemáticos da oncocercose no país começaram em 1974 e verificaram a condição endêmica da região amazônica. Em 1986 foi descoberto o primeiro caso da doença fora do território ianomami, uma jovem da cidade de Minaçu (GO), que nunca havia estado na área endêmica. Como a pesquisadora esclarece a teoria mais aceita para o surgimento da doença no Brasil indica que a oncocercose foi trazida por escravos africanos. "Exames do DNA das espécies de Onchocerca. volvulus encontradas nos continentes africano e americano, realizados na década de 1990, indicam que a hipótese mais viável é a da importação da doença através do tráfico de escravos", observa Marilza. A relação cordial dos índios com os escravos africanos que trabalhavam no garimpo é uma hipótese para explicar porque os ianomami, um grupo praticamente isolado, teriam contraído a doença, os locais de garimpo, que são os leitos dos rios, são criadouros das espécies de simulídeos capazes de transmitir o verme causador da oncocercose".

Ciclo de Vida

As formas adultas parasitam o ser humano, alojando-se em nódulos no tecido conjuntivo, por baixo da pele ou no tecido adiposo formando o oncocercoma. No local eles se reproduzem sexualmente e durante varios anos gerando inúmeras larvas minúsculas ou microfilárias, quase invisíveis a olho nu. Estas se disseminam aparecendo por todo o corpo: por baixo da pele, dentro dos olhos, na linfa algumas surgem no sangue.

Progressão e Sintomas

Normalmente ocorrem lesões dermatológicas agudas ou crônicas, que aparece aproximadamente um ano do acometimento da infecção, surgem os sintomas relativos à reação contra as formas adultas. O seu alojamento debaixo da pele leva à sua encaspulação reativa do organismo, gerando nódulos palpáveis, com cerca de alguns centímetros de diâmetro, mais facilmente detectados, não há usualmente outros sintomas excepto o possível efeito inestético de alguns nódulos. O inicio da produção das microfilárias ocorre o aparecimento de sintomas mais graves. à sua disseminação pelo sangue e linfa ocorre prurido e vermelhidão na pela, presença de pápulos e surgimento de zonas despigmentadas e adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos), além de febre. Se as filárias migrarem para o olho causam reações de fibrosação e acumulação de complexos de anticorpos que levam primeiro à conjuntivite  com fotofobia e eventualmente à perda da visão e finalmente cegueira absoluta, freqüentemente em ambos os olhos. Mais raramente pode ocorrer elefantiasa escroto e membros inferiores se houver nódulos que obstruam os canais linfáticos provenientes dessa região.

Método Diagnóstico

Os exames estão disponíveis na rede pública de laboratórios para confirmação ou descarte de casos. A suspeita clínica deve ser baseada nas manifestações dermatológicas ou oftalmológicas aliadas à caracterização epidemiológica e o diagnóstico específico é feito por: identificação de vermes adultos retirados cirurgicamente dos nódulos; identificação de microfilárias em amostras de pele colhidas por biópsia; exames oftalmoscópicos do humor aquoso; testes imunológicos (intradermorreação, imunofluorescência, ELISA, PCR). O método mais prático, simples e difundido é o exame microscópico de retalhos cutâneos coletados com punch, a fresco ou com fixação e coloração. A Coordenação Regional da FUNASA em Roraima realiza rotineiramente esse exame.

Tratamento

O tratamento da Oncocercose é realizado desde os anos 1980 com ivermectina, medicamento que inibe a produção de novas larvas ou microfilárias. Como a média de vida dos adultos é de nove a 12 anos, este é o período indicado para a duração do ciclo de tratamento, em duas doses anuais. A ivermectina é a base dos programas de erradicação da doença na África e Américas, que conseguiram reduzir substancialmente os casos da doença, esse medicamento não pode ser usada por gestantes, lactantes, crianças abaixo dos cinco anos de idade, pacientes com peso inferior a 15 Kg ou com complicações neurológicas. Atualmente, pesquisas investigam a ação da amorcazina, um remédio que seria eficaz também no combate dos vermes adultos e uma forma de bloquear com o uso de antibióticos a atividade de uma bactéria simbionte da O.volvulus, a Wolbachia, o que impediria a atividade do parasita infectante.

Prevenção

O uso de roupas que cobrem a maior parte da pele é aconselhado, assim como repelentes de insetos, usar mosquiteiros. Contudo a erradicação dos mosquitos com inseticidas é a única medida a longo prazo, e tem sido praticada em programas da OMS em locais endêmicos, assim como a administração em massa de fármacos antiparasíticos às populações, com bons resultados. Até há alguns anos, os governos tentavam aconselhar as pessoas a terem cuidado com os mosquitos do rio, mas essa campanha levou muitos a abandonar as terras férteis irrigadas e procurar outras menos produtivas onde muitas vezes passavam fome.

Importante: Não se medique por conta propria, procure uma unidade de saúde.

Referência:
http://www.cremerj.org.br
http://www.fiocruz.br
http://www.saude.go.gov.br